quarta-feira, 8 de setembro de 2021

robôbos

 

breve estudo da fauna robô com exemplificação de espécies.

robôbo
(espécie inofensiva quando separada do bando.)

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casal de robôbestas
(a ocorrência de casais em alguns ecossistemas merece atenção, trazendo angústia devido à enorme e infeliz probabilidade de procriação.)

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trio de robôburros
(estudos revelam que, nos habitats onde há registros desta espécie coexistindo em trios, a burrice medida nos arredores está geralmente elevada à terceira potência - quando em níveis mínimos.)

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robôbostas
(eventualmente encontrados amontoados, com roupinha combinando, em tons vibrantes, 
devido a dois mecanismos providos pela natureza para a expansão da espécie: a falta de personalidade e a insegurança. o objetivo é a busca desesperada por identidade com aqueles que compartilham a mesma mentalidade e idolatram os mesmos comportamentos imprudentes, egóicos e negacionistas.

no repulsivo fenômeno catalogado por estudiosos como "amontoamento" os bichos podem ser observados (à distância!) literalmente amontoados uns sobre os outros, suando e urrando bestialidades incompreensíveis debaixo de sol intenso e sobre asfalto quente.

embora pertencentes à classe robôboca, durante o agrupamento em montículos exalam um odor semelhante ao de bosta humana, característica que deu origem ao nome da espécie.

são também orgulhosamente reconhecidos como robôstonaros ou robôssais, conforme a região do globo.)

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mas, se você analisa a espécie um pouco mais de perto (não faça isso!), fica evidente o motivo de seu comportamento incoerente e desumano.

estudos realizados em outras regiões do planeta identificaram espécies semelhantes que, em muitos casos, podem até servir de modelo devido aos mecanismos já mencionados acima.

a seguir, um pequeno trecho documentado com alguns depoimentos considerados conclusivos para este trabalho científico.

observe que, embora perceptíveis, as diferenças são decorrentes apenas de questões geográficas, restando bastante nítido que a mentalidade é pretty much the same:

Voters For Trump Ad - SNL
(Americans offer insight into why they'll be voting for...)

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em resumo e concluindo, muda a língua e o pateta idolatrado, mas, éh, acho que deu pra captar como funciona o mecanismo de argumentação destas bestas.

4 comentários:

  1. À paz e à amizade, - nunca desmerecendo, claro, a luta de cada um - tamo junto, Toquinho: https://veja.abril.com.br/cultura/toquinho-nao-sou-bolsonaro-nem-lula-odeio-politica/
    PS.: o Mal já venceu, há muito (MUITO!) mais do que 3 anos atras. A História só se repete.

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  2. Um Chefe de Poder q destrói o meio ambiente, deixa q pessoas adoeçam e morram, e q afronta a democracia, é um ser desprezível. Mas um cara q acaba com relacionamentos pessoais.. que puta poder, hein! Merece parabéns, não?!

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  3. Caro, é possível haver paz onde o mal já venceu há muito? Desculpe, não entendi a proposta. Creio que “paz” seja um estado ou condição a se conquistar, merecer e proteger constantemente, com esforço, dedicação, empatia pela situação do outro (sobretudo os menos favorecidos), solidariedade, predisposição à renúncia a privilégios pessoais em nome do bem comum, etc, etc, etc... É possível paz e amizade em um meio onde cada um tem sua própria luta? Sinceramente, também não entendi essa premissa. Sobretudo se isso acontece em detrimento de um caminho bem mais interessante e promissor que seria aquele norteado prioritariamente pela luta em comum, com o objetivo de obter o melhor de todos e para todos e não apenas orientado pela conveniência, egoísmo, manutenção de privilégios nas mãos dos mesmos poucos, etc, etc, etc... Nesse tipo de luta, acho que haveria chance maior de ganho real, não?! Aliás, já ouviu falar de um livro chamado “Mein Kampf”? O título é traduzido exatamente por “Minha Luta” e foi escrito por um sujeito alemão chamado Adolf. Um verdadeiro mito. Muitos (MUITOS MESMO!) não “desmereceram” a “luta” pessoal do cara. E muitos (MUITOS MESMO!) até embarcaram na onda daquele momento, apoiando toda a babaquice e insanidade que ele pregava. E, bem... acho que o resto da história você deve conhecer um pouco. Então, o argumento “nunca desmerecendo, claro, a luta de cada um” já ficaria exposto logo na entrada como um clichê difícil de sustentar, concorda? Em uma luta por direitos não existe a sua ou a minha luta, somente a nossa. E "a nossa" não defende apenas o que "nos" interessa enquanto classe ou grupo que tem a voz e poder de decisão, mas zela com responsabilidade pelos direitos das minorias, dos trabalhadores, dos "excluídos" do processo democrático, etc, etc, etc. Inegável que, dentro de limites sadios, cada um tenha “direito” a sua individualidade, sobretudo as classes mais abastadas, já que seria inocência considerar que as classes que gozam de menos acesso e recursos exerçam ou usufruam, do ponto de vista prático, de iguais ou mesmo quaisquer direitos. No entanto, ainda creio que haja pontos básicos e mínimos a serem respeitados para que continuemos existindo em sociedade, sobretudo se desejamos evoluir. E quando até estes pontos básicos e mínimos (a rapa do tacho) é ameaçada, aí é quando o mal prevalece. Concordo que haja um inevitável e eterno embate de forças na história da humanidade, não necessariamente com esse viés maniqueísta que propôs, e me recuso a aceitar ou me conformar tão facilmente com o fatalismo de que “o mal tenha vencido”. Acho inclusive que o niilismo é sempre mais cômodo para quem se encontra em um estado de tédio e preguiça confortável e, estando preguiçosamente confortável, naturalmente, fica mais difícil mesmo se ressentir com a injustiça ou se comover com a dor e necessidade do outro. Mais fácil se acomodar, ignorar, se acovardar, evitar se posicionar, assim como o Toquinho fez nessa entrevista, seguindo o exemplo de tantos que amarelaram em um momento delicado, de opiniões divididas, e ficaram congelados pela conveniência e o medo ao considerarem o que poderiam perder adotando uma posição.

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  4. Lendo um pouco desse link que compartilhou, confesso que fiquei comovido com a “ingenuidade” dele. E nem seria necessário explicar, mais uma vez, que esse “se posicionar” jamais esteve ou estará vinculado a essa ideia dual e superficial de que é preciso escolher A ou B, o que não passa de mais uma estupidez plantada durante golpes de estado para que imbecis conciliem suas consciências apoiando assumida e orgulhosamente o pior, mais detestável, mal intencionado e burro candidato disponível (pra dizer pouco). Na verdade, (surpresa!), é possível escolher qualquer coisa e mesmo nada (o que também não ajuda nada). Mas penso que deve ser um pouco mais digno e corajoso se esforçar para escolher o melhor possível, não apenas para si mesmo, mas inspirado por algum tipo, ainda que mínimo, de espírito coletivo. O seu/meu candidato é um direito, uma responsabilidade e um problema seu/meu. E errar é do jogo. Erros assumidos podem ser corrigidos, ao contrário de erros ignorados. Perseguir condições melhores para todos é um princípio básico e um dever dos que optaram por viver em comunidade. Quando você se esquiva dessa responsabilidade ou se conforma com evasivas, silogismos, reduções simplistas, memes, fake news, silêncio, piadinhas, você só está servindo ao mesmo mal que alega ter vencido há muito. Talvez eu me exceda um pouco (OU MUITO) em vários dos meus registros por aqui. É intencional. Mesmo assim, desculpe se ofendi de alguma forma pensamentos, crença,, ideais, ou a ausência deles. Deixo destacado apenas que pra mim o mal não venceu. Talvez no seu, mas não no meu turno. E, Toquinho por Toquinho, eu tô mesmo é com o Chico. ;)

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