segunda-feira, 19 de junho de 2017

E ponto.

Ponto. Entrada.

Então você chega ao trabalho em uma segunda-feira pelancuda de chuva e eles brindam o início de mais uma jornada semanal com a instituição do ponto eletrônico.

Hurray!

Tudo bem, chefe, nós superamos tudo, mas, além do ponto, vou registrar o seguinte:
covardia tem limite!

***

E se por acaso você voltar pra casa compreensivelmente angustiado sobre como preencher tantos minutos minutados por dia (os minutos já são normalmente lentos, mas, quando minutados, podem bem, só de implicância, se tornarem eternos), tente espairecer e deixe um livro de estimação te fazer um carinho.

Um livro de estimação e de nome sugestivo, algo como "Vida no Inferno", por exemplo.


Depois abra em uma página qualquer, implorando aos deuses por um "minuto de sabedoria" (sacou?! "minuto").

Se você for bonzinho como a maioria ou digno de pena como eu, talvez os deuses acolham sua causa e te mandem um sinal:

"COMO MATAR 8 HORAS POR DIA E AINDA MANTER SEU EMPREGO"

Apenas dicas básicas, porém extremamente úteis, de sobrevivência no ambiente hostil de trabalho.

Só que, tristemente, você descobre que desde 1982, um cara bastante mais esperto do que a média - e hoje absurdamente mais rico - já padecia das mesmas angústias. E talvez você estranhe um pouco o fato de mesmo depois de 3 décadas essas dicas ainda parecerem tão úteis e necessárias.

E, tristemente, você prevê que as dicas continuarão sendo úteis e necessárias ainda por algumas décadas, enquanto os donos da bola não entenderem que o controle é uma tática dos burros, e que quanto mais controle mais tempo um funcionário perde tentando descobrir formas de burlá-lo e, por óbvio, menos tempo passa trabalhando.

É lógico. É simples. É claro.

***

Bom, dentre as minhas dicas preferidas, destaco a do porco, porque "porco" é um animal que combina - pra burro - com esse tema:


***

Mas cuidado, o aviso no canto superior direito da página já previne:
"Se você xerocar isto e colar no quadro de avisos da empresa está ferrado".

Mas te garanto o meu respeito eterno.
Ou, no mínimo, pela eternidade do próximo minuto.

Abrindo contagem:
1, 2, 3, 4...

***

Valeu, Matt Groening!

***

Ponto. Saída.

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